sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Historicidade de Israel

Israel Historico-politico.


A criação do Estado de Israel ocorre em 1948, na Palestina, com o retorno dos judeus ao território de onde tinham sido expulsos 2 mil anos antes. Como idioma, retoma-se o hebraico, até então apenas utilizado em cerimônias religiosas.

A sua fundação gera uma das mais importantes disputas territoriais do mundo, que hoje é motivo de complexas negociações de paz, com os palestinos, habitantes da região, e com os Estados árabes vizinhos. Apesar do território em grande parte árido, Israel desenvolve uma agricultura moderna, com o apoio de avançada tecnologia, capaz de exportar frutas e verduras. Conta também com uma indústria de ponta. Mas, mesmo dispondo da economia mais desenvolvida do Oriente Médio, Israel depende muito da ajuda financeira e bélica do seu principal aliado, os Estados Unidos.

Fatos Históricos – O primeiro Estado judeu surge na Palestina com o reinado de Davi, por volta de 1.000 a.C. Alcança o seu apogeu sob as ordens de Salomão, o Justo, que governa de 966 a.C. a 926 a.C. Com a morte deste soberano, um período de crise coloca em cheque a sobrevivência da própria nação judáica, possibilitando a sua conquista por vários povos (babilônios, assírios, persas, gregos e romanos). A última revolta judia contra o domínio de Roma dá-se em 135 da era cristã. Jerusalém é destruída pelo general romano Tito, em 70 d.C. Expulsos do seu território, os judeus dispersam-se pelo mundo (a Diáspora).

Em 636, os árabes ocupam a Palestina e convertem a maioria dos seus habitantes ao Islã . Após sucessivas invasões, que incluem as dos cruzados, a Palestina é dominada pelos turcos e incorporada ao Império Turco-Otomano por um longo período, de 1517 a 1917.

Sionismo – O atual Estado de Israel tem sua origem no sionismo (de Sion, colina da antiga Jerusalém), movimento surgido na Europa, no século XIX, que prega a criação de um país livre e sem perseguições aos judeus. Seu ideólogo, Theodor Herzl, organiza o primeiro congresso sionista na Basiléia, Suíça , que aprova a formação de um Estado judeu na Palestina, berço do judaísmo. Colonos judeus da Europa Oriental, onde o anti-semitismo é mais intenso, começam a se instalar na região, de população árabe majoritária. E, em 1909, criam o primeiro kibutz (exploração agrícola, de caráter comunitário).

A Palestina é ocupada pelo Reino Unido durante a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), com a retirada dos turcos. Em 1917, o chanceler britânico, Arthur Balfour, declara o apoio do seu país ao estabelecimento de um lar nacional dos judeus na Palestina, sob a condição de serem respeitados os direitos das comunidades não-judias ali existentes. Três anos mais tarde, o Reino Unido recebe um mandato da Liga das Nações para administrar a Palestina. Mas, sob a égide britânica, agravam-se os conflitos entre as comunidades árabes e as colônias judias. A razão é simples: boa parte das terras férteis da região encontra-se controlada pelos judeus, à custa de fundos internacionais.

A perseguição aos judeus pelo regime nazista de Adolf Hitler a crise do Canal de Suez na Alemanha, a partir de 1933, intensifica a imigração para a Palestina. A administração britânica tenta conciliar os oponentes, limitando a entrada de judeus. Mas a leva de imigrantes continua, clandestina. No período de 1936 a 1939, uma guerra civil explode entre árabes e judeus, e coloca sob ameaça os interessse britânicos na região.

Durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), prosseguem as hostilidades na Palestina. Grupos armados sionistas transformam ingleses em alvos de ataques terroristas, uma vingança contra a política do Reino Unido, contrária à imigração dos judeus que tentam escapar ao genocídio nazista. Com o final da guerra, a notícia do extermínio de cerca de 6 milhões de judeus nos campos de concentração nazistas, o Holocausto, aumenta o apoio internacional à criação de um Estado judaico.

Partilha da Palestina – Encerrado o conflito mundial, os ingleses retiram-se e delegam à Organização das Nações Unidas (ONU ) a tarefa de solucionar os problemas da região. Sem uma consulta prévia dos árabes palestinos, em 1947 a ONU vota a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Estes rejeitam o plano de partilha, que favorece territorialmente os judeus.

Em 14 de maio de 1948, é proclamado o Estado de Israel, que conta com David Ben-Gurion como primeiro-ministro. Países árabes (Egito , Iraque , Síria e Jordânia ) enviam tropas para impedir a sua criação. A guerra termina em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que passa a controlar 75% do território da Palestina, um terço a mais do que a área destinada ao Estado judaico no plano da ONU. O restante da área palestina, denominado Cisjordânia, é incorporado à Jordânia. Intimidados, cerca de 800 mil árabes fogem de Israel.



Em janeiro de 1949, eleições parlamentares em Israel conduzem a um governo de coalizão. Chaim Weizmann é eleito presidente e David Ben-Gurion, do Partido Trabalhista, permanece como primeiro-ministro. São aprovadas leis para assegurar o controle religioso e educacional, além do Direito de Retorno a Israel para todos os judeus. Com a chegada maciça de judeus do Leste Europeu, do Oriente Médio e do norte da África, cresce a população do país. A economia floresce com o apoio estrangeiro e remessas particulares de dinheiro.

Em 1956, Israel aproveita a crise do Canal de Suez e alia-se à França e ao Reino Unido para atacar o Egito na Península do Sinai e na Faixa de Gaza. Por intervenção da ONU, e sob pressão dos EUA e da URSS, Israel retira-se da região. Ben-Gurion deixa o governo em 1963; é sucedido por Levi Eshkol, também do Partido Trabalhista. Em 1964, uma reunião de chefes de Estado árabes, no Cairo, cria a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Guerras – Tendo como pretexto a atividade guerrilheira da OLP, Israel lança um ataque preventivo contra o Egito, a Síria e a Jordânia, em 5 de junho de 1967. O episódio, conhecido como a Guerra dos Seis Dias, termina em 10 de junho, com a vitória de Israel e a sua conquista do Sinai, da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, das Colinas de Golã , na Síria, e da zona oriental de Jerusalém, que é imediatamente anexada ao Estado israelense. O primeiro-ministro Eshkol morre em 1969 e é substituído por Golda Meir, do Partido Trabalhista.

O terrorismo palestino contra Israel intensifica-se a partir da eleição para a presidência da OLP, em 1969, de Yasser Arafat , chefe da organização guerrilheira Al Fatah. Em represália, a aviação israelense faz constantes bombardeios na Síria e no Líbano , onde a OLP mantém bases militares.

Uma nova guerra eclode em 6 de outubro de 1973, exatamente o feriado judaico do Yom Kipur (Dia do Perdão, festa móvel). Num ataque-surpresa, o Egito e a Síria avançam no Sinai e em Golã, mas são repelidos dias depois. Os EUA e a URSS obrigam Israel a interromper a contra-ofensiva e a assinar um cessar-fogo. Árabes descobrem no petróleo uma arma de guerra: através da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), boicotam o fornecimento aos países que apóiam Israel e provocam pânico mundial com o aumento de preços dos seus derivados.

Golda Meir deixa o governo em 1974 e é substituída pelo trabalhista Yitzhak Rabin. Em outubro, países árabes, reunidos em Rabat, no Marrocos, reconhecem a OLP como único representante do povo palestino.

Em maio de 1977, a coligação conservadora Likud ganha as eleições, depois de três décadas de hegemonia trabalhista. O novo primeiro-ministro, Menachem Begin, estimula a instalação de colonos israelenses nos territórios árabes ocupados durante a Guerra dos Seis Dias. Em novembro, o presidente egípcio Anuar Sadat faz uma visita a Jerusalém, o que é compreendido como um tácito reconhecimento do Estado de Israel. A iniciativa abre caminho para os acordos de Camp David, nos EUA (1978), assinados por Begin e Sadat , com a mediação do presidente americano Jimmy Carter. Além de estabelecer a paz entre Israel e Egito, firma o compromisso israelense de negociar a autonomia dos territórios palestinos. Israel inicia a retirada do Sinai, que é devolvido ao Egito em 1982. A retaliação do mundo árabe faz-se sentir, com o repúdio dos acordos de Camp David e a expulsão do Egito da Liga Árabe.

Invasão ao Líbano – Os sucessivos ataques de guerrilheiros palestinos a partir da fronteira norte induzem o Exército israelense a invadir o Líbano , em junho de 1982. Os israelenses cercam Beirute, onde acusam estar instalado o quartel-general da OLP. Cortam água e eletricidade, uma ação destrutiva que atinge especialmente os civis. Um acordo obtido por americanos, europeus e árabes sauditas permite, porém, que a OLP deixe Beirute.

Em 16 de setembro de 1982, milicianos cristãos libaneses, aliados de Israel, massacram milhares de palestinos nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, em Beirute, operação vingativa dos cristãos contra o atentado que matara, dois dias antes, Bechir Gemayel, o recém-eleito presidente libanês. Uma investigação oficial do governo de Israel aponta os seus chefes militares no Líbano como culpados por negligência. Em 1983, tropas israelenses retiram-se do sul do Líbano, palco de ataques freqüentes dos xiitas libaneses. Mas a retirada israelense só se completa em 1985, mantendo ainda controle de uma estreita faixa de território próxima à fronteira.

Begin, que renuncia em 1983, é substituído por Yitzhak Shamir, do Likud. Novas eleições, em 1984, terminam empatadas entre o Likud e os trabalhistas; o impasse é resolvido por um acordo que estabelece o revezamento no cargo de primeiro-ministro entre os líderes dos dois partidos. O trabalhista Shimon Peres governa até 1986, e o conservador Shamir, nos dois anos seguintes. Arafat, em aliança com o rei da Jordânia, Hussein, propõe a paz a Israel, em 1985, em troca da retirada israelense das regiões ocupadas. Os judeus recusam a oferta, prosseguindo com a política de colonização e ocupação militar.

Intifada – Em 9 de dezembro de 1987, eclode a rebelião palestina nos territórios ocupados, conhecida como Intifada. A revolta popular alastra-se até o setor árabe de Jerusalém. Israel reprime com brutalidade, sofrendo severa condenação do Conselho de Segurança da ONU. A opinão pública começa a se tornar favorável à OLP. Entretanto, as eleições israelenses de 1988 resultam num novo governo de coalizão, em que Shamir é o primeiro-ministro.

Na falta de negociações sobre o futuro dos territórios palestinos ocupados, a Jordânia renuncia à reivindicação de soberania sobre a Cisjordânia, reforçando a posição palestina. Israel começa a receber a imigração maciça de judeus da União Soviética em desagregação.

Divergências quanto à colonização dos territórios ocupados provocam o rompimento da coligação Likud-trabalhistas em Israel. Shamir forma um novo governo conservador, em aliança com pequenos partidos religiosos, no início de 1990. Os EUA pressionam Israel para suspender a instalação de colônias judaicas na Cisjordânia e negociar com os palestinos. Shamir rejeita o arranjo americano. Em outubro, a polícia israelense massacra 17 manifestantes palestinos na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém.

Em janeiro de 1991, durante a Guerra do Golfo (1990/91), Israel é bombardeado com mísseis Scud, lançados pelo Iraque. O objetivo do dirigente iraquiano Saddam Hussein era o de forçar a entrada de Israel no conflito, o que colocaria em risco a aliança entre os EUA e os regimes árabes conservadores, hostis a Israel. O governo norte-americano pede ao governo israelense para não revidar o ataque iraquiano. Israel consente e recebe dos EUA modernos foguetes antimísseis Patriot, usados com êxito parcial na destruição dos Scuds iraquianos.

Acordo de paz – As pressões dos EUA por um acordo de paz entre Israel e seus vizinhos árabes intensificam-se após a Guerra do Golfo. Em outubro de 1991, realiza-se uma conferência "simbólica" árabe-israelense em Madri, na Espanha. Representantes palestinos participam como membros da delegação jordaniana, diante da recusa israelense em negociar com a OLP. Divergências sobre a autonomia palestina nos territórios ocupados provocam, contudo, o fracasso da reunião. Shamir rejeita o pedido americano de congelar a instalação de colônias na Cisjordânia e em Gaza. Os EUA retaliam, bloqueando um empréstimo de US$ 10 bilhões, destinado à construção de moradias para os imigrantes da antiga URSS em Israel.

O impasse começa a ser rompido com a vitória, nas eleições de junho de 1992, dos trabalhistas liderados por Rabin, que defende negociações com os palestinos com base no princípio de "terra em troca de paz". O novo primeiro-ministro anuncia o congelamento parcial da construção de casas judias nos territórios ocupados. Os EUA desbloqueiam o empréstimo.

Em setembro de 1993, após meses de negociações secretas na Noruega, o governo israelense e a OLP assinam um acordo de paz, em Washington. O acordo prevê a instalação, por cinco anos, de um regime de autonomia limitada para os palestinos, inicialmente na Faixa de Gaza e na cidade de Jericó e, mais tarde, em toda a Cisjordânia. Determina ainda a retirada das tropas israelenses dos territórios, em que o policiamento passa a ser feito por uma força palestina.

Em 1994, Israel e OLP levam adiante as negociações sobre a autonomia palestina na Cisjordânia. Entretanto, em fevereiro, um colono judeu extremista, Baruch Goldstein, mata a tiros 30 palestinos no Túmulo dos Patriarcas, em Hebron. Em protesto, a OLP retira-se das negociações. Em outubro, um militante-suicida do grupo extremista islâmico Hamas, que se opõe à paz com Israel, detona uma bomba num ônibus em Telavive, matando 22 pessoas. Porém, a assinatura de um acordo de paz entre Israel e Jordânia, em 26 de outubro de 1994, reforça o cenário de distensão no Oriente Médio , após décadas de conflito árabe-israelense.

No início de 1995, dois suicidas do Hamas explodem bombas num ponto de ônibus em Netanya. Morrem 21 judeus. É o mais sério contratempo às negociações de paz na região. Em resposta, o governo israelense fecha a fronteira, impedindo milhares de palestinos de ir trabalhar no país. Em março, Israel e a OLP retomam as negociações.

Em abril, o tribunal militar da Autonomia Palestina condena, pela primeira vez, integrantes do Hamas por "treinamento militar ilegal". Em 21 de agosto de 1995, realiza um novo ataque suicida contra um ônibus em Jerusalém. Cinco pessoas morrem e o governo israelense fecha novamente as fronteiras. As negociações sobre a Cisjordânia avançam, apesar da questão das colônias judias em Hebron, ponto de honra para Israel, e da libertação de 6 mil prisioneiros palestinos, exigida pela OLP. Finalmente, em 24 de setembro, Israel e OLP firmam o acordo de autonomia à Palestina inteira, após Israel ter assegurado a sua presença militar, em caráter provisório, em Hebron, para proteger os colonos judeus. Rabin afirma que o seu objetivo é "promover uma separação definitiva dos dois povos".

Entretanto, em 4 de novembro de 1995, logo após o encerramento de uma grande manifestação em favor da paz, em Telavive, o primeiro-ministro Yitzhak Rabin é assassinado por um extremista da direita israelense, Yigal Amir, de 25 anos. Ao ser preso, Amir, que pertence ao Eyal (Força Judaica Combatente), diz que Rabin era um "traidor do ideal judaico" por devolver terras ocupadas aos palestinos. O governo de Shimon Peres ordena a prisão de radicais religiosos no país.



Dados gerais

Nome oficial: Estado de Israel (Medinat Yisrael)

Nacionalidade: israelense

Capital: Telaviv (sede da maioria das embaixadas estrangeiras), Jerusalém (não reconhecida pela ONU)

Idioma: hebreu (oficial), árabe, línguas européias

Religião: judaísmo, islamismo, cristianismo

Área: 21.946 km²


Localização: oeste da Ásia

Limites: Líbano (N), Síria (NE), Golfo de Ácaba (S), Mar Morto e Jordânia (L), Egito e Mar Mediterrâneo (O)

Características: Deserto do Negev (50% do território), região montanhosa (N), planície costeira (centro)

Clima: mediterrâneo

Hora local (em relação a Brasília): +5h

População (1995): 5,6 milhões hab.

Densidade demográfica (hab./km²): 255,17 hab.

Crescimento demográfico: 1,5%

População no ano de 2025: 7,8 milhões hab.

Natalidade (por 1.000 hab.): 21

Mortalidade infantil (por 1.000 hab.): 8

Fertilidade (nº de filhos por mulher): 2,77

Expectativa de vida (H/M): 75,4/79,2

Regime de governo: república parlamentarista

Divisão administrativa: 6 distritos, 31 municipalidades, 115 conselhos locais e 49 regionais

Chefe de Estado: presidente Ezer Weizmann (desde 1993)

Chefe de governo: primeiro-ministro Yitzhak Rabin (de fevereiro de 1992 a novembro de 1995), Shimon Peres (desde novembro de 1995)

Principais partidos: Trabalhista, Likud, Meretz (coalizão), Shas (religioso)

Organização do Legislativo: unicameral – Assembléia, com 120 membros eleitos por voto direto para mandatos de 4 anos

Constituição em vigor: não há Constituição escrita

Moeda: shekel novo

Cotação (para 1 US$): 2,99 (1995)

PIB: US$ 69.739 milhões

PNB per capita: US$ 13.920

Agricultura: 9% do PIB

Indústria: 41% do PIB

Serviços: 50% do PIB

Inflação anual: 70,4%

Circulação de jornais (por 1.000 hab.): 247

Hino de Israel

Representação diplomática: SES – Avenida das Nações, lote 38, CEP 70424-900, Brasília, DF, tel. (061) 244-7675, fax (061) 244-6129

© Copyright Almanaque Abril



Atenção: a indicação destes endereços tem apenas finalidade informativa. As opiniões expressas são de responsabilidade dos respectivos provedores de conteúdo.

Consulado Geral de Israel no Rio de Janeiro - Informações gerais e notícias diárias de Israel

Virtual Jerusalem - notícias e variedades (em inglês)

Maven The Jewish Portal - "portal" de entrada para diversos sites relacionados com Israel (em inglês)

Arutz 7 Israel National Radio - rádio de Israel (em inglês)

ShalomCards - Envie gratuitamente cartões virtuais com imagens da Terra Santa e versículos bíblicos...post by: janio ires

z22

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Testimunho por: Haddon W. Robinson

Um caso de estudo sobre a tentação

Gênesis 3.1-6
Haddon W. Robinson

Há alguns meses recebi uma carta enviada por um detento numa penitenciária do Texas, cumprindo pena de dez a vinte anos por tentativa de estupro. O autor, um homem crente, solicitava que eu lhe enviasse um livro não disponível na biblioteca da prisão. Atendi com alegria o pedido, mas fiquei profundamente perturbado, pois, afinal de contas, aquele jovem havia sido meu aluno no seminário.

Após concluir os estudos e ter-se destacado por seus notáveis dons e grande visão da obra, pastoreou duas igrejas, às quais, sob a ótica humana, foram transformadas em congregações bem-sucedidas. Na segunda, que eu conhecia muito bem, o jovem ministro demonstrou ser muito eficiente no uso do dom de evangelista. Muitas pessoas foram salvas e tornaram-se membros da igreja como fruto do seu trabalho. Ele estudava as Escrituras com muita dedicação. Aqueles irmãos atestavam o seu bom testemunho como pastor. Quando se levantava para pregar, todos sentiam a presença viva de Deus em suas palavras. Como excelente discipulador, deixou sua marca nos homens da congregação. Era tão respeitado, que, quando o crime veio à tona e admitiu a culpa, a igreja levantou mais de 20 mil dólares para as despesas advocatícias. Agora é um presidiário numa penitenciária do Texas. A tentação veio sobre ele como densas trevas, lançando-o no fundo do abismo. Acabou com sua reputação, destruiu o seu ministério e, pior, maculou o testemunho de Cristo em sua cidade.

Ao ler a carta e ficar sabendo do que acontecera àquele seminarista, comecei a lutar contra todo tipo de questionamentos e chorei sob forte emoção. O que acontece na vida de uma pessoa para cometer um pecado assim? O que passou pela mente daquele homem? O que o levou a abandonar tantas coisas boas que a vida lhe oferecera?
Percebi, ao fazer essas perguntas, que eu não estava apenas indagando sobre as razões daquele rapaz, mas sobre a minha própria vida. Eu questionava a vida de homens e mulheres que se formaram num seminário teológico e que, por algum ato de desobediência, arruinaram o ministério ao qual se entregaram de corpo e alma. O que leva uma pessoa a hipotecar o seu ministério para pagar o alto preço do pecado? O que nos seduz à perdição?

É a questão que todos enfrentamos. Você é um crente e a tentação acompanha-o de perto, espreitando os seus movimentos em busca da circunstância ideal para lhe dar uma rasteira. Pelo menos alguma vez na vida você deve ter-se perguntado: Como age o tentador? Como se aproxima de nós? Que artimanha usa para nos destruir? Aqui, no princípio de todas as coisas, encontramos um tema que surge e ressurge em toda a Bíblia: o pecado e o seu poder destruidor.

Gênesis 3 registra o episódio da tentação, um caso de estudo, já que este é um tema sempre atual. Quando você estuda um caso, não se preocupa com as variantes independentes e se apega apenas ao episódio. Eva, ao ser abordada pelo tentador, vivia num ambiente totalmente distinto deste em que vivemos; algumas coisas verdadeiras para com ela não o são para nós. Por exemplo, o sangue que corria em suas veias não estava contaminado. Não possuía, também, um passado sobre o qual pudesse jogar a culpa pelo pecado. Ela e Adão foram criados diretamente por Deus, que declarou a criação do gênero humano como algo muito bom. Diferentemente de certas pessoas hoje, Adão e Eva não foram amaldiçoados quando nasceram. E mais: nossos primeiros pais viviam num ambiente de plena perfeição. Nada os afastaria de Deus, pois a atmosfera que os cercava era pura. Eva foi criada no amanhecer da criação. Uma obra perfeita do Criador. Não herdara um passado pecaminoso, nem habitava num ambiente selvagem. Temos, portanto, um caso de estudo sobre a tentação.

Analisando a maneira como o tentador se aproxima de Eva, percebemos que a velha história registrada na Bíblia repete-se nas tentações que você enfrentou ontem à noite, que o assediam hoje de manhã, que o perseguem em seu escritório, em sua casa, no ministério, em sua vida. O cenário é outro, mas a metodologia não mudou. É a mesma.

Ao ler o relato bíblico uma coisa fica evidente: quando o tentador chega, vem sempre disfarçado. O escritor de Gênesis deixa claro que "a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito". É óbvio que, ao se aproximar, a serpente não aparece com cara de monstro. Esse fato ocorreu antes de ser amaldiçoada. Só depois de sofrer o juízo divino começou a rastejar sobre a terra. Satanás não se apresenta na forma de uma serpente "moderna", sacudindo o guizo para avisar do perigo iminente. Nada indica no texto que Eva tenha ficado alarmada.

Quando Satanás se aproxima de você, não vem na forma de uma serpente preparada para dar o bote ou rugindo como leão. Não vem alardeando com o barulho de uma sirene, nem tampouco acenando uma bandeira vermelha, sinal indicativo de perigo. Satanás simplesmente desliza-se sobre você. Aparece como se fosse uma companhia agradável, um grande amigo. Nada há em sua aparência que deixe você morrendo de medo. O Novo Testamento adverte que ele se apresenta como anjo de luz, servo de Deus e ministro da justiça. Uma coisa é certa: quando o inimigo ataca, aparece sempre com disfarces. É o que afirma Mefistófeles em Fausto: "As pessoas não sabem que o diabo está ali, mesmo que as esteja aprisionando pela garganta".

Não apenas se apresenta sob disfarce; Satanás disfarça, também, suas intenções. Ele não sussurra para Eva: "Vim aqui lhe tentar". Tudo o que deseja é conversar sobre religião. Quer bater um papo sobre teologia, e não pretende falar sobre pecado. Ele inicia o diálogo perguntando: "É verdade que Deus disse a você que não coma de todas as árvores do jardim?" Não há como contra-argumentar; o inimigo quer apenas um esclarecimento. "Veja, quero ter certeza de que a exegese que você faz dessa proibição é correta. Quero apenas entender o que Deus tem em mente. É verdade que Ele falou para não comer de nenhuma árvore do jardim?" Dá para você perceber que o diabo é religioso. Ele não aparece batendo na porta de sua alma, dizendo: "Perdoe-me amigo, poderíamos conversar um pouquinho? Quero amaldiçoá-lo e dar um fim em você. Vim aqui arrasar-lhe, detonar a sua vida". Não, tudo o que quer é conversar sobre um ponto teológico. Ele demonstra grande interesse em interpretar a Palavra de Deus. Lembre-se, porém, que é possível entrar numa discussão teológica e se dar mal. Não é isso o que às vezes acontece? Podemos falar sobre Deus de forma abstrata, como se fosse uma fórmula matemática. Você pode inventar uma teologia que o leve a desobedecê-lo.

Você está convencido da graça de Deus e tem opiniões fortes e definidas sobre a liberdade cristã. Pode, com a maior desenvoltura, debater acerca do tema com qualquer pessoa. Sob a sua ótica teológica, você acha possível fazer tudo o que quiser, na hora que lhe convir, com quem escolher. Sem impedimentos, sem sentir-se envergonhado; você é livre e conhece a graça de Deus! As pessoas que transformam a liberdade em libertinagem o fazem com base teológica. "Mesmo que eu peque, a graça de Deus abunda. Vivo constantemente sob a graça de Deus. Assim, sempre que eu peco tenho a oportunidade de demonstrar o perdão divino. Não maravilhoso?"

Você tem completo domínio quando fala da soberania divina e ninguém consegue contraditá-lo, pois seus argumentos são muito fortes. Deus é soberano sobre o destino dos homens e nações. Seu domínio é visível sobre a história, mas não apenas isso; suas mãos traçam a história e controlam cada segundo da existência de cada ser humano. A soberania de Deus vem de tempos remotos quando você nem existia, por isso não lhe pesa qualquer responsabilidade. Em certo sentido, o mundo é um grande palco e todos os homens simples figurantes. Deus planeja tudo com detalhes requintados; planeja até as conversas pessoais. A jornada que seguimos não é nossa, são passos estabelecidos por Deus. Até mesmo os nossos pecados. Ele já sabe que você vai pecar. Como resultado dessa discussão, você encontra boas razões - ou razões que parecem boas - para desobedecê-lo. Tudo porque você discute teologia com a motivação errada. Uma das vantagens de se formar num seminário é que se pode arrumar uma série de motivos piedosos para continuar errando e, ainda assim, ser teológico na desobediência.

Outra coisa que Satanás faz, ao conversar sobre Deus no Éden, é prender a atenção de Eva àquela árvore singular plantada no meio do jardim. Seu ardil fica subentendido: "É inconcebível! Não consigo entender como Deus planta um pomar e n

As pessoas, muitas vezes, esquecem as coisas boas, as bênçãos derramadas sobre elas, e abandonam tudo por causa de um único ato que se constitui pecado diante de Deus. Não conseguem divisar a bondade divina. Satanás distorce a sua visão e, de repente, surge diante delas aquilo que apaixonadamente tanto almejam. Assim, farão qualquer coisa a fim de obtê-lo, tornando essa busca uma obsessão a ponto de esquecerem tudo o que Deus fez em seu favor. Como se vê, Satanás se apresenta disfarçado. Ele esconde a sua verdadeira identidade. Mantém em segredo o que está tramando.

A segunda parte da estratégia de Satanás é atacar a Palavra de Deus. Quando Eva lhe responde: "Podemos comer de todas as árvores do jardim, menos daquela plantada ali no meio; Deus não nos permitiu nem mesmo tocá-la, senão morreremos", o inimigo ergue a cabeça e, provavelmente sem conter a gargalhada, argumenta: "Você não está acreditando nisso, não é verdade? Você acha mesmo que vai morrer? Que é isso! Morrer por causa de uma mordida na fruta? Você não está sendo sincera comigo! Essa é uma forma exagerada de Deus chamar a sua atenção. Não é bem isso o que ele quis dizer. Morrer? Você está sendo elegante e educada com Deus, crendo que os colocaria para morar neste jardim, cheio de coisas boas, sem poderem nem mesmo comer uma fruta generosa que nasce numa árvore! Morrer? Você não está falando sério! Tenho certeza de que não é bem isso o que Deus quis afirmar".

Tal suposição maligna implica em acreditar na inerrância da Bíblia, exceto em questões particulares entre eu e Deus. Este é o pressuposto diabólico. Sob essa ótica, Satanás insinua a Eva outro significado à afirmação divina: "certamente morrerás".

Há milhares de anos Satanás repete a mesma estratégia. É o tema das novelas contemporâneas. O autor manipula a trama, levando os seus personagens a viverem em profunda desobediência a Deus, mas no último capítulo tudo termina bem. É o enredo dos filmes modernos, onde os atores se rebelam contra as leis morais divinas, mas vivem felizes para sempre! É a palavra do patrocinador do programa de tevê. Aparece em cores. É o anúncio de um perfume - há anos o melhor do mercado - chamado "My Sin" (Meu Pecado). Uma cafetina da Madison Avenue foi quem deu nome ao produto. "Aqui temos um perfume tão sedutor, tão charmoso e excitante - sussurra o anunciante - que podemos chamá-lo de "My Sin"". Você nem imagina como a fragrância do pecado tem um mau cheiro nas narinas de Deus.

Qual a sua reação diante das advertências sobre o pecado da desobediência que enchem as páginas das Escrituras? Estaria Deus falando sério, e querendo dizer exatamente isso, quando afirma que o salário do pecado é a morte? Seria este o significado, quando prescreve que quem semeia na carne, da carne colherá destruição? Estaria a Bíblia sendo verdadeira, ou querendo afirmar outra coisa, quando diz: "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará"? Estaria Deus dizendo a verdade, ou pretendendo outra interpretação, quando afirma que os ímpios serão exterminados? Estaria Ele propondo exatamente este significado, ao vaticinar que o Senhor julgará o seu povo? Será mesmo este o sentido, quando as Escrituras afirmam que Deus julgará os imorais e os adúlteros? Podemos acreditar de forma literal, quando declaram que o pecado tem que ser punido?

Deus leva o pecado a sério, porque se preocupa com você! Esta seriedade de Deus é porque o ama e por saber que o poder devastador do pecado pode arruinar os relacionamentos do crente, seu caráter e ministério. Como o pai que ama o filho está sempre atento para que este não brinque com fogo, não se queime, nem incendeie a casa, prevenindo-o das terríveis conseqüências para o resto de sua vida, assim Deus se preocupa conosco em relação ao pecado. Mas o que você sente a respeito disso? Você leva Deus a sério, quando o adverte das conseqüências funestas que o pecado pode acarretar sobre sua vida? Ou essas advertências têm para você outro significado?

Além de questionar a Palavra de Deus, Satanás tem como objetivo atacar o caráter de Deus que está por trás de sua Palavra. A serpente explica à mulher que Deus sabe que no dia em que ela e Adão comessem do fruto da árvore os seus olhos seriam abertos e se tornariam iguais a Deus, conhecendo o bem e o mal. Satanás difama a bondade de Deus, pois, na realidade, está afirmando: "Você sabia por que Deus deu esse mandamento? Ele quer estragar o seu prazer, segurando-a com rédeas curtas. Não quer que você seja livre e experimente a boa vida; está-lhe negando o direito ao divertimento. Ele quer que você esteja sempre por baixo, proibindo-a de experimentar tudo de bom que a vida oferece. Deus sabe que ao comer do fruto você será igual a ele, conhecendo o bem e o mal, e que terá acesso a experiências indizíveis, além do que se pode imaginar. Deus tem outros motivos, outros propósitos e são propósitos malignos".

Depois de o poço ser envenenado, toda a água fica contaminada. Uma das mais lindas declarações de amor e fé na Bíblia é a confissão de Rute a Noemi. A jovem mulher suplica à sogra: "Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e ali serei sepultada". Eis aí uma belíssima expressão de total lealdade e devoção raramente encontrada em peças literárias.

Suponha que alguém sussurrasse a Noemi: "Preste atenção: Rute a está enganando. Ela está lhe manipulando. Na realidade, o que essa moabita deseja é entrar em Israel para casar-se com algum milion+rio judeu. Ela sabe que você é o seu passaporte e fará qualquer coisa por você para conseguir um visto de entrada em Israel". Se Noemi desse ouvidos a um absurdo desse a água ficaria envenenada. Ela passaria a suspeitar de toda palavra boa que Rute pronunciasse. Qualquer coisa que esta fizesse alimentaria a desconfiança de Noemi. Quando se envenena o poço, toda a água fica contaminada.

Se você questiona a Palavra de Deus e passa a duvidar da bondade divina, então Satanás conseguiu o seu intento. É fácil sucumbir. Todos, em algum tempo, servimos ao príncipe das trevas e vivemos sob o seu domínio. Quando adentramos ao reino do Filho de Deus, trouxemos nossas suspeitas e dúvidas. Se alguma coisa dolorida acontece conosco, perguntamos: por quê? Essa indagação é como uma espada apontada para o coração de Deus. Facilmente suspeitamos, quando algo errado nos surpreende. Deus está contra nós. Nossa vontade fica tão alterada que até quando coisas boas nos acontecem suspeitamos da bondade de Deus. Se algo maravilhoso nos ocorre - alguma coisa inesperada e agradável - somos tomados de alegre surpresa, mas logo após uma sombra passa sobre a nossa mente e aquela expectativa positiva nos é arrancada. A nossa impressão é que Deus não deseja que experimentemos essa expressão de sua bondade; mal começamos a usufruí-la, ele a afasta de nós como se fosse um pai sádico. Por isso damos cabeçadas. Sempre que duvidamos de sua bondade, desacreditamos a sua Palavra. Se cremos que Deus não deseja que participemos de uma vida plena de alegria, o diabo acaba de marcar mais um tento!

No exato momento em que Satanás lança a isca, no Éden, Eva cai na armadilha. Veja o resultado. "E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu". Agora, o fruto proibido dá prazer aos olhos de Eva. Ela dá ouvidos às mentiras do tentador e os seus sentidos assumem o comando. Sempre que você afasta Deus de sua vida, ao questionar a sua Palavra e bondade, os seus sentidos passam então a viver para o que é maligno. O que antes estava fora de seus limites, torna-se o maior desejo de sua vida e você lutará com todas as forças para conseguir o seu intento, nem que para isso seja destruído.

"Uma mordida na fruta?", alguém pergunta. "Só por morder uma fruta? Você não me está querendo dizer que Eva pecou simplesmente porque comeu um pedaço de fruta do pomar. Você também não está afirmando ter sido isso que levou Adão a pecar, permitindo que o homicídio entrasse em sua família. Não está insinuando que uma simples mordida naquela fruta arrasou com toda a raça humana".
Não. Não foi por causa de uma fruta, mas pela desobediência à Palavra de Deus e por suspeitar do seu caráter. O fruto é um tema periférico; o pecado é o centro da questão. Sempre que você negar ou duvidar da bondade de Deus, nesse momento passa também a rejeitar a sua Palavra - o fruto é apenas o sinal da desobediência.

Se naquele dia Satanás tivesse abordado Eva, propondo: "Olha, assine este documento. Confirme que você está desistindo de Deus", ela nunca o teria assinado. O diabo jamais se aproxima de nós arrastando com ele a corrente com a qual nos quer prender; ao contrário, aparece com uma coroa reluzente, deixando no ar a possibilidade de alcançarmos a nobreza. Chega oferecendo-nos prazer, entusiasmo, dinheiro, popularidade, liberdade e alegria. De fato, nem mesmo insinua quanto as conseqüências; promete apenas ser-nos possível satisfazer todos os desejos de nossos corações. É assim que somos destruídos. Eis a lição: a tentação que nos destrói atinge em cheio o coração de Deus, a sua integridade e bondade. Sempre que negamos a bondade de Deus, rejeitamos a sua Palavra e, assim, passamos a correr perigo.

Ouçam-me! Não estou defendendo algum tipo rigoroso de religião. Cristianismo não é moralidade - algo para conformar-se e manter as regras. Cristianismo é relacionamento com Deus que nos amou e nos deu Jesus, o nosso Salvador; é Deus valorizando o homem, tornando-o seu filho. Os dons de Deus são bons e perfeitos e ele jamais lançará sobre você uma sombra de dúvida que o afaste de sua bondade. A essência do pecado é fazer com que duvidemos da bondade de Deus, rejeitando, conseqüentemente, a sua Palavra. O jardim é todo seu; um presente de Deus. Usufrua dele. Confie em Deus! post by: J@nio Ires